quinta-feira, 28 de abril de 2011

Naquelas ilhas


                         

Então tá, não é para ficar parado
Eu não sou, então tá, por você eu fico...
Entusiasmado, inquieto, inquieto...
Por você eu sou desleixado.

Não penso em menos do que há...
Não sou menos do que achado
Dos perdidos que haverá
Não pense que assim eu vá...

Vá cair nas suas armadilhas
Pensando que não sou sequer...
Não vai me achar naquelas ilhas
Que você tanto sonha e tanto quer

Me ame, me odeie, me queira
Agora não serei teu
Pois sei os motivos do porque não me beija
Pois sei que não és o tal amor meu.

Achas que eu, logo eu vá...
Vá cair nas suas armadilhas
Pensando que não sou sequer...
Não vai me achar naquelas ilhas
Que tanto sonha e tanto quer.
Vinicius Cardoso
(à Carla) 

Ser o não saber


                           

Ser o não ser,
Não é uma questão,
Mas apenas viver
Num mar de contradição.

Dormir? Viver? Sonhar?
Não passa de ilusão
Quão grande quanto o mar
Apenas o viver não pode ser em vão
Alem do que poder sonhar.

Dormir para algo lembrar
Conforta a lembrança esquecida
Que em vão ela se fez passar
Fazendo sofrer uma mente já sofrida.

Viver para um amor perdido,
Torna a alma de quem o tem esquecida,
O que faz da ilusão algo misterioso,
Sabendo que uma sensação jamais sentida,
Ira a cada dia se tornar mais doloroso.

Uma questão:
Quem dorme, vive e sonha
Não passa na vida em vão,
Mas o que seria aquela sombra?
Uma desilusão?
Vinicius Cardoso
(à Shakespeare) 

terça-feira, 19 de abril de 2011

Menina-moça



                        

Você é sutil como uma rosa desabrochando
E tão voraz quanto seus espinhos
Quando observo você me olhando
Já sinto aqueles arrepios

No delírio de te querer
Achei uma gata zangada
Que só por uma noite pude saber...
Só uma noite mais nada...

Até que percebi que mesmo depois do cair das folhas
O calor também continua.
Teu jeito, teus olhos, tua boca, me faz sentir tantas coisas
Que teu beijo volúpio me insinua.

Um dia você acorda, procura... não está...
Em uma noite senti seus encantos.
Menina-moça  de encantos salubres,
Tu és mulher viril e de coração nobre
Mas, tu vez? ... quem sabe um dia veraz...quem sabe.
Vinicius Cardoso
(à Debora)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Num beco na rua 15



                                

Num beco na rua 15, há um cão sarnento
Enquanto come um pedaço de carne velha
Logo ao lado vive um velho sedento
Que dorme embaixo de uma calha.

Num beco na rua 15, mataram uma criança
Ela morava na rua há muito tempo
Disseram que a culpa é do crime da vizinhança
Mas não fizeram nada, pois era um beco

Num beco na rua 15, tem muito lixo
Graças à vida urbana.
Esse beco tem muito bicho
Tem barata, tem rato, tem homem e até iguana.

Num beco obscuro e sombrio na rua 15
Nenhum morador passa... medo...
Lá é tão sombrio, que ganhou um apelido
... beco do 15, lá você vai cedo.

Num beco na rua 15, nasce uma flor
Dizem que onde não há esperança
Só pode haver uma coisa... dor.
   Vinicius Cardoso

sábado, 16 de abril de 2011

Rosa Vermelha


                          

Contigo me sinto distante, em um lugar bom.
Contigo sinto arrepios estrondosos
Nunca antes experimentados
Vindos de seus abraços calorosos

Tu és uma rosa que em seus espinhos está a tua essência.
Mulher de vida pura e beleza intensa.
Vermelho é a tua cor, que ilumina uma sala escura
E atrai olhares, que se dirigem à loucura

Mostre-me seus desejos, ensina-me teus caminhos
Deseja-me como nunca antes.
Diga-me olhando em meus olhos:
Seriamos eternos amantes?

Dos sonhos vem a convicção,
De que o destino é bem guardado;
Não é amor, nem ficção, seria paixão?  

Vinicius Cardoso
(à Juliana)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ideais de um futuro conspiratório



                                                            

As conspirações do mundo se voltam contra
As idéias de um jovem que não vê futuro
Sonha tanto, que não sabe ao certo o que desejas
Enquanto muitos já estamos colhendo o fruto

Uma cabeça cheia de vazio, que transborda
Idéias para seguir e conseguir algo,
Mas um caminho com obstáculos
Deve ser vencido, superado

Ele não aprendeu a amar, nem a entender
Apenas segue tentando ser
Para que um dia pare, e consiga ver

Futuro de um pais decadente e esperançoso somos
Vamos à luta, conquiste a paz e seus ideais
Cabeça erguida para ver que o céu é o limite

Vinicius Cardoso

quinta-feira, 14 de abril de 2011

João e seus amores incógnitos



                                                    

Desilusões de um medo longínquo
Assombram os pensamentos de João
Que teme a perda de um amor platônico
Que para muitos é mera ilusão

Para ele a distancia curta
Separa-o de algo que tanto deseja
Sabendo que perde, fugindo à luta
Mas tem convicção de tudo que almeja.

Seu sentimento que para a outra
Nem sabe que tal existe
É profundo, porem contra
À razão que em si consiste

Deseja que ela saiba
Mas como? Quando?
Não sabe... apenas quer mostrar

Defina o universo: imenso infinito
Mas como sabê-lo, se não é tocado nem visto?
Assim é o amor... Incógnito...

Vinicius Cardoso

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O fim do inútil



                        

Algo indescritível ocorre
Enquanto muitos não percebem
Que uma longínqua montanha
Uma grande de faixa de água corre

Uns desmatam, outros matam
Trazendo à tona a raridade
Desnecessária para o conforto inútil
Esquecendo da vida ali contida, fazem crueldade

Ate que caia a ultima folha
Ate que o ultimo vôo for dado
O homem ainda terá dinheiro suficiente
Mas verá que a felicidade dele provinda foi curta

A felicidade esta à nossa volta
Vejam o nascer da borboleta
O vôo do beija-flor de asas invisíveis
Que transborda beleza e sutileza

Ate que o ultimo rio seja poluído
Ate que o ultimo ser vivo for caçado
O homem verá que foi em vão e agora
Só sobram humanos, que na verdade
Não prestam para nada, apenas consumir a caça
Suada e cruel, para? Para ver que
No fim, o dinheiro não é comestível.

Vinicius Cardoso

terça-feira, 12 de abril de 2011

Beleza inigualável









Procuro te satisfazer
Para no fim estar feliz
A pressa é para os atrasados
Espero-te até quando quiser só para dizer:

“Que o céu inspirado em você
Não ficou tão belo
Pois você é única e imitável.

As rosas tentam imitar o teu cheiro,
O teu calor afagável, nem o sol no inverno
É tão bom e prazeroso.

A lua imita o brilho dos teus olhos
Que me encantaram desde o primeiro olhar
Penetrantes, inigualáveis, desenhados, indescritíveis.”

Tua beleza inigualável tenho como inspiração
Com a melhor das intenções
Venho por esta, conquistar seu coração
Aceite como quiser, mas é para você
Que escrevo essas tortas linhas.


                                Vinicius Cardoso
(à Isabella)